O português, assim como o castelhano, o francês, o italiano, o provençal, o catalão, o rético, o sardo, o dalmático, o franco-provençal, o gascão e o romeno são o resultado de uma lenta transformação, ao longo dos séculos, de um outro idioma, o latim, que era falado no Lácio, região da Península Itálica, onde ficava a antiga cidade de Roma. Todas essas línguas nasceram do chamado latim vulgar (sermo plebeius), uma das três variedades da língua romana.
Falado por pastores, camponeses, comerciantes e soldados, o latim vulgar caracterizava-se por ser um dialeto simples, grosseiro, sem a elegância e a pureza vocabular do latim clássico (sermo urbanus).
À medida que o Império Romano estendia o seu domínio sobre outras regiões, o latim vulgar sofria a influência das línguas dos povos conquistados. Assim, aos poucos, o sermo plebeius foi se modificando, e, com a invasão dos povos bárbaros e a queda do último imperador romano, Rômulo Augústulo, o latim fragmentou-se, dando origem às chamadas línguas neolatinas ou românicas, sendo a Língua Portuguesa uma delas.
O primeiro documento literário escrito no idioma português surgiu a partir do século XII, quando havia o predomínio da língua falada. A título de ilustração, segue um trecho do capítulo primeiro do livro de Gênesis, extraído de um manuscrito pertencente ao Mosteiro de Alcobaça, já no século XIV. Note-se que muitos termos e construções sofreram profundas transformações ou nem sequer existem no português moderno:
“Eno começo criou Deus o ceeo, e a terra, convem a saber, o ceeo empireo, e os angos, e a materia de todolos corpos, e os quatro elementos, convem a saber, o fogo, e o aar, e a augua, e a terra, e este mundo, que parece, que he feito deles.
Mas a terra era vãa e vazia, quer dizer, que a feitura do mundo era sem proveito, e sem fruito, e desapostada.
E as treevas eram sobre a face do avisso, que hé a terra, e a feitura do mundo, que era profunda, e escura, e confunduda.
E o Spirito do Senhor andava sobre as auguas, quer dizer, que a voontade de Deus andava sobela materia do mundo, assi como a voontade do meestre, que tem ante si a materia, de que quer fazer a casa.
E disse Deus, seja feita a luz, e logo foi feita a luz, e vio Deus a luz que era boa, e departiu a luz, e as treevas, e pos nome aa luz dia, e aas treevas noite, e foi feito vespera e manhãa huu dia”.
Atualmente, a Língua Portuguesa é falada nas seguintes regiões:
EUROPA: Portugal, Ilha da Madeira, Açores;
AMÉRICA: Brasil;
ÁFRICA: Cabo Verde, Guiné, Angola, Moçambique, Zanzibar, Mombaça;
ÁSIA: Goa, Ceilão, Macau, Java, Singapura, Timor-Leste.
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É isso!
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Consulta Bibliográfica:
Megale, Heitor. O Pentateuco da Bíblia Medieval Portuguesa. EDUC e Imago Editora. São Paulo, 1992.
Falado por pastores, camponeses, comerciantes e soldados, o latim vulgar caracterizava-se por ser um dialeto simples, grosseiro, sem a elegância e a pureza vocabular do latim clássico (sermo urbanus).
À medida que o Império Romano estendia o seu domínio sobre outras regiões, o latim vulgar sofria a influência das línguas dos povos conquistados. Assim, aos poucos, o sermo plebeius foi se modificando, e, com a invasão dos povos bárbaros e a queda do último imperador romano, Rômulo Augústulo, o latim fragmentou-se, dando origem às chamadas línguas neolatinas ou românicas, sendo a Língua Portuguesa uma delas.
O primeiro documento literário escrito no idioma português surgiu a partir do século XII, quando havia o predomínio da língua falada. A título de ilustração, segue um trecho do capítulo primeiro do livro de Gênesis, extraído de um manuscrito pertencente ao Mosteiro de Alcobaça, já no século XIV. Note-se que muitos termos e construções sofreram profundas transformações ou nem sequer existem no português moderno:
“Eno começo criou Deus o ceeo, e a terra, convem a saber, o ceeo empireo, e os angos, e a materia de todolos corpos, e os quatro elementos, convem a saber, o fogo, e o aar, e a augua, e a terra, e este mundo, que parece, que he feito deles.
Mas a terra era vãa e vazia, quer dizer, que a feitura do mundo era sem proveito, e sem fruito, e desapostada.
E as treevas eram sobre a face do avisso, que hé a terra, e a feitura do mundo, que era profunda, e escura, e confunduda.
E o Spirito do Senhor andava sobre as auguas, quer dizer, que a voontade de Deus andava sobela materia do mundo, assi como a voontade do meestre, que tem ante si a materia, de que quer fazer a casa.
E disse Deus, seja feita a luz, e logo foi feita a luz, e vio Deus a luz que era boa, e departiu a luz, e as treevas, e pos nome aa luz dia, e aas treevas noite, e foi feito vespera e manhãa huu dia”.
Atualmente, a Língua Portuguesa é falada nas seguintes regiões:
EUROPA: Portugal, Ilha da Madeira, Açores;
AMÉRICA: Brasil;
ÁFRICA: Cabo Verde, Guiné, Angola, Moçambique, Zanzibar, Mombaça;
ÁSIA: Goa, Ceilão, Macau, Java, Singapura, Timor-Leste.
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É isso!
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Consulta Bibliográfica:
Megale, Heitor. O Pentateuco da Bíblia Medieval Portuguesa. EDUC e Imago Editora. São Paulo, 1992.
Ajudou muito obrigada
ResponderExcluirDevemos muito ao árabe que nos deixou muitas palavras que hoje fazem parte do nosso idioma.
ResponderExcluirObrigado. Vim por curiosidade. Vou divulgar.
ResponderExcluirnossa que legal adorei!
ResponderExcluirMAIS QUEM CRIOU E QUANDO SURGIU ?
ResponderExcluirMAIS QUEM CRIOU E QUANDO SURGIU ?
ResponderExcluirAinda bem que a palavra de Deus tinha influencia mesmo quando a língua Portuguesa se desenvolvia Glória a Deus.
ResponderExcluirSobre os países da África que falam português, esqueceu de São Tomé e Príncipe
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