De acordo com estudiosos da língua portuguesa, a gíria corresponde aproximadamente a 10% do vocabulário total do vernáculo considerado padrão.Todavia, esse tipo de linguagem não é específico dos tempos modernos. Em 1712, por exemplo, a gíria era um fenômeno deveras comum entre as pessoas. Nessa época, a cabeça era chamada de “bola”; “cachimbo” significava os pés; o pão era denominado de “fachu”; a fome, “rata”. Em 1901, dizia-se que a pessoa desorientada “andava com a cabeça à roda”; a alguém faminto “vivia com a sela na barriga”; e a pessoa muito contente “andava de orelha arrebitada”. Em 1903, “apito” indicava a pessoa sem dinheiro; “bispo” era a pessoa com quem todo mundo se lamentava; o marido intransigente era chamado de “boi”; e, “quarentona” era o modo como se chamavam as mulheres idosas. Em 1913, o relógio recebeu o apelido de “bobo”; “quengo” era sinônimo de cabeça; mulher era “mina”; a mentira, “lorota” etc.
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É isso!
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