10 de fev. de 2012

A importância do Nome para as antigas civilizações


No que tange aos povos bíblicos, o nome, que também denota reputação ou fama, está sempre associado ao caráter da pessoa: “Vale mais ter um bom nome do que muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a riqueza e o ouro” (Pv. 22:1). Uma pessoa influente necessariamente tinha um bom nome: “E, saindo os príncipes dos filisteus à campanha, sucedia que Davi se conduzia com mais êxito do que todos os servos de Saul; portanto o seu nome era muito estimado” (1 Sm. 18:30). Esta associação do nome à personalidade da pessoa, aplica-se com muito mais ênfase ao nome de Deus. Usar o seu nome em vão, significa desonrá-lo pessoalmente: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx. 20:7). Jurar pelo seu nome equivale jurar por Ele mesmo: “Nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanarás o nome do teu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv. 19: 12). No tempo da Lei, blasfemar contra o nome de Deus era como que assinar a própria sentença de morte: “E aquele que blasfemar o nome do Senhor, certamente morrerá; toda a congregação certamente o apedrejará; assim o estrangeiro como o natural, blasfemando o nome do Senhor, será morto” (Lv. 24:16

Tal fenômeno não é específico do povo bíblico. No antigo Egito, por exemplo, o nome era de importância vital para o indivíduo. Acreditava-se que tinha uma espécie de poder mágico capaz de decidir o próprio destino da pessoa. Para os hindus, o nome designava a natureza real de um ser e o conhecimento de uma realidade transcendental. Na China, crê-se que o nome é extremamente essencial para a manutenção da ordem no Universo. Na religião islâmica, o nome, especificamente o Grande Nome (referência a Alah), é concebido como tendo um grande poder transformador. No judaísmo, o nome de Deus (o tetragrama YHWE) é de tal forma reverenciado que nenhum judeu praticante deve pronunciá-lo.
Entre os celtas, qualquer nome era grandemente valorizado, de modo que apenas o sacerdote poderia escolher o nome de uma pessoa ou de um lugar. Para os povos indígenas, o nome expressava o caráter e os atributos de seu possuidor. Entre os povos semitas de um modo geral, o nome era algo poderoso, algo que exprimia a própria pessoa: “Meu senhor, agora não faça este homem vil, a saber, Nabal, impressão no seu coração, porque tal é ele qual é o seu nome. Nabal é o seu nome, e a loucura está com ele, e eu, tua serva, não vi os moços de meu senhor, que enviaste” (1 Sm. 25:25). Vale lembrar que NABAL significa néscio, insensato, tolo.

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É isso!

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