Etimologicamente a palavra religião tem origem no latim religio, composta pelo prefixo re (outra vez, de novo, novamente) e o verbo ligare (ligar, unir), do qual se deduz re-ligare: religar, ligar de novo, tornar a ligar. Grosso Modo, religião nada mais é do que um sistema social de crenças e práticas em reconhecimento de princípios e seres superiores e metafísicos. O dicionário define tal termo como: serviço ou culto a Deus, ou a uma divindade qualquer, expresso por meio de ritos, preces e observância do que se considera mandamento divino (Michaelis).
O genial Machado de Assis, em seu “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, usando como exemplo o “Humanitismo” de seu personagem Quinas Borba, ironiza um dos traços marcantes das religiões: “a defesa de suas verdades”:
“Eu trato de anexar à minha filosofia uma parte dogmática e litúrgica. O Humanitismo há de ser também uma religião, a do futuro, a única verdadeira. O cristianismo é bom para as mulheres e os mendigos, e as outras religiões não valem mais do que essa: orçam todas pela mesma vulgaridade ou fraqueza. O paraíso cristão é um digno êmulo do paraíso muçulmano; e quanto ao nirvana de Buda não passa de uma concepção de paralíticos. Verás o que é a religião humanística. A absorção final, a fase contractiva é a reconstituição da substância, não o seu aniquilamento, etc. Vai aonde te chamam; não esqueças, porém, que és o meu califa.”
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É isso!
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É isso!
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