21 de fev. de 2012

Quem tem a “Virtude"?


A palavra virtude vem do latim vir, referindo-se ao homem, ao varão, da qual se origina o adjetivo viril, varonil. Já a o termo latino Virtus significa poder, força, capacidade. A virtude em seu sentido mais usual diz respeito à disposição firme e habitual para o bem; à excelência moral; à boa qualidade moral; à austeridade no viver. Com este sentido, encontramos alguns exemplos na literatura, como:

E andaram ambos para a casa, padre Antônio cabisbaixo e pensativo, Macário sentindo que não tinha a energia necessária para resistir à vontade do superior, acostumado, como estava, a respeitá-lo, não só pela posição como pelas suas raras virtudes entre as quais sobressaíam, impondo-se à sua profunda admiração, a castidade e o desinteresse nas coisas de dinheiro” (“O Missionário”, de Inglês de Sousa). / “— Meu rapaz, tu podes ter socialmente todas as virtudes; mas, segundo a religião de nossos pais, todas as virtudes que não são católicas são inúteis e perniciosas” (“O Crime do Padre Amaro, de Eça de Queiroz). / “Se há uma virtude universal e outra nacional, por que não há de haver uma virtude municipal? Verdade em Sorocaba, erro na Limeira. Para os ventres da Limeira, Custódio é execrando; para os de Sorocaba, é angélico, verdadeiro Custódio, Custódio sem mais nada” (“Balas de Estalos”, de Machado de Assis). / “O não fazer caso do que é vão, também pode nascer de uma excessiva vaidade, e a este grau de vaidade não chega aquela, que é medíocre, e ordinária; e desta sorte o excesso no vício da vaidade vem a produzir a aparência de uma virtude, que é a de não ser vaidoso: e com efeito assim como o excesso na virtude parece vício, também o excesso no vício vem de algum modo a parecer virtude” (“Reflexões sobre a vaidade dos homens”, de Matias Aires).

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É isso!

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