Em uma de suas espirituosas crônicas (“Crônicas Selecionadas da coluna do Estadão”, Luis Fernando Veríssimo, afirma que a palavra anedota vem através do francês anecdote, do grego anekdotos: história não publicada. “Presumivelmente”, escreve ele: “tanto no sentido de inédita quanto no sentido de versão não oficial, secreta, clandestina, enfim, história tipo em Brasília todo mundo sabe. Em francês queria dizer pequeno relato ilustrativo à margem de um relato maior. No seu sentido brasileiro continua sendo uma história marginal, só que engraçada, ou se esforçando para ser. Sobrevive, na anedota, a tradição homérica da literatura oral, passada de geração a geração sem necessidade de escrita. Se for escrita, deixa de ser anedota”. De um modo resumido, anedota é uma estorieta de efeito cômico, ou seja: uma piada.O nosso genial Machado de Assis, em seu conto “Balas de Estalos” nos brinda com um delicioso exemplo de anedota:
"Eu, em criança, ouvi contar a anedota de uma casa que ardia na estradas...Passa um homem, vê perto da casa uma pobre velhinha chorando, e pergunta-lhe se a casa era dela. Responde-lhe a velha que sim — Então permita-me que acenda ali o meu charuto."
---É isso!
"Eu, em criança, ouvi contar a anedota de uma casa que ardia na estradas...Passa um homem, vê perto da casa uma pobre velhinha chorando, e pergunta-lhe se a casa era dela. Responde-lhe a velha que sim — Então permita-me que acenda ali o meu charuto."
---É isso!
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