A
palavra atlas vem do latim atlas, atlantis, do prefixo grego a,
que aqui tem valou aumentativo, e talao,
tlao: sustentar, segurar. Nome de um gigante, um dos Titãs, dotado de
tanta força que sustentava sobre seus ombros o céu.
Na prática diz respeito à coleção de mapas ou cartas geográficas, em livro, que
contém um conjunto coerente e completo de estampas, gráficos, quadros, etc.,
acompanhado de textos elucidativos. Exemplos: de Eça de Queiroz, em “Cartas Familiares e Bilhetes de Paris”: “Ora, dos dois termos que ela encerra logo
um me parece fictício e não existente: porque se todos sabemos muito
toleravelmente, aprovados no atlas,
o que é e onde está a América, não se percebe tão facilmente o que seja e onde
esteja a raça americana”; em “A Relíquia”: “Ir a Jerusalém! E onde era Jerusalém? Recorri ao baú que continha os
meus ompêndios e a minha roupa velha; tirei o atlas, e com ele aberto sobre a cômoda, diante da Senhora do
Patrocínio, comecei a procurar Jerusalém lá para o lado onde vivem os infiéis,
ondulam as escuras caravanas, e uma pouca de água num poço é como um dom
precioso do Senhor”; em “A Ilustre Casas de Ramires”: “Ela abrira um Atlas: com o dedo lento caminhou desde Oliveira até a Síria, por
sobre fronteiras e montes; já André lhe parecia desvanecido, nesses horizontes
mais luminosos; fechou o Atlas, pensando simplesmente "como a gente muda!"
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É isso!
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