Segundo o Dicionário Aurélio, o termo foi introduzido
por Hahnemann em cerca de 1850, com referência a qualquer outro método de cura
que não o homeopático, e que, posteriormente, passou a abranger quaisquer
outras práticas da medicina exercidas por médicos graduados em escolas não homeopáticas.
O mesmo léxico dá a seguinte definição para o termo: “Sistema terapêutico que
consiste em tratar as doenças por meios contrários a elas, procurando conhecer
suas causas e combatê-las”. Na prática, opõe-se ao método denominado
“homeopatia”. Etimologicamente tem origem no grego állos: outro, diferente, e páthos: doença, sentimento. O
grande Machado de Assis aproveitou-se da “rivalidade” entre ambos os métodos
(“alopata e homeopata”) para aplicar sua fina ironia em seu “Dom Casmurro”:
“Não duvidaria aprovar a idéia, disse
ele, se na Escola de Medicina não ensinassem, exclusivamente, a podridão alopata. A alopatia é o erro dos séculos, e vai morrer; é o assassinato, é a
mentira, é a ilusão. Se lhe disserem que pode aprender na Escola de Medicina aquela
parte da ciência comum a todos os sistemas, é verdade; a alopatia é erro na terapêutica. Fisiologia, anatomia, patologia,
não são alopáticas nem homeopáticas,
mas é melhor aprender logo tudo de uma vez, por livros e por língua de homens
cultores da verdade...”; e, em “Balas de Estalos”: “Conheci um médico, que dava alopatia
aos adultos, e homeopatia às
crianças, e explicava esta aparente contradição com uma resposta épica de
ingenuidade: — para que hei de martirizar uma pobre criança? A própria homeopatia, quando estreou no Brasil,
teve seus ecléticos; entre eles, o Dr. R. Torres e o Dr. Tloesquelec, segundo
afirmou em tempo (há quarenta anos) o Dr. João V. Martins, que era dos puros.
Os ecléticos tratavam os doentes, "como a eles aprouvesse". É o que imprimia
então o chefe dos propagandistas.”
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É isso!
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