Assaz
significa bastante, suficientemente,
e às vezes muito. O termo origina-se do latim ad satis, e corresponde ao assez dos franceses e ao assai dos italianos. Exemplos: de Machado
de Assis: de “Dom Casmurro”: “Prima
Justina não acompanhava a parenta naquelas finezas, mas não tratava de todo mal
a minha amiga. Era assaz sincera
para dizer o mal que sentia de alguém, e não sentia bem de pessoa alguma” ;
de “Quincas Borba”: “O Cruzeiro, que a
linda Sofia não quis fitar, como lhe pedia Rubião, está assaz alto para não discernir os risos e as lágrimas dos homens”;
de “Esaú e Jacó”: “Gostava assaz de
mulheres e ainda mais se eram bonitas”; de “Memórias Póstumas de Brás
Cubas”: “Minha mãe era uma senhora fraca,
de pouco cérebro e muito coração, assaz
crédula, sinceramente piedosa, — caseira, apesar de bonita, e modesta, apesar
de abastada; temente às duas trovoadas e ao mando”; de “Balas de Estalos”:
“Toda a pessoa que sentir necessidade de
contar os seus negócios íntimos, sem interesse para ninguém, deve primeiro
indagar do passageiro escolhido para uma tal confidência, se ele é assaz cristão e resignado.”
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É isso!
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