Data a
era Juliana desde a reforma de Júlio César no calendário romano, adotado no
governo de Rômulo na fundação de Roma, e reformado imediatamente no governo de
Numa Pompílio. Deram origem a estas reformas, as discordâncias do cômputo civil
com os fenômenos solares. Consiste o ponto essencial da reforma Juliana, na
contagem sucessiva de um ano de 366 dias, depois de cada 3 anos seguidos de
365. Intercalava César este dia de acréscimo, entre 24 e 20 de fevereiro, ficando a ordem dos anos divisível por 4. E como este dia 24 era
o 6º antes do 1º de março; e o dia intercalado era o 2º dia, 6º antes do mesmo 1º
de março; daí veio o nome de bissexto, (duas vezes sexto), a este ano
intercalar do calendário. Esta intercalação, da reforma de Júlio César, passou para
o calendário cristão, com a supressão
de 3 bissextos seculares em
cada período de 400 anos, na
reforma do Pontífice Gregório XIII em 1582: reforma em que foram suprimidos 10
dias nesse ano civil, depois do dia 4 de outubro, (contando-se o dia imediato
como 15 do mês), para o preciso acordo do cômputo civil com os fenômenos
solares. Teve lugar a reforma Juliana no ano 708 de Roma, ano 46 antes da era comum,
e é por isso que começa esta era no ano imediato 45, correspondente a 709.
Intercalaram-se então, no ano da reforma, 67 dias distribuídos em 2 meses,
entre novembro e dezembro; além do mês Mercedônio de 23 dias, assim
denominado de Mercedona, (deusa das transições e dos pagamentos), intercalado
no mesmo ano entre 23 e 24 de fevereiro, como era usual no calendário de Numa,
de cada 2 em 2 anos, embora aumentassem, a pretexto do acordo do cômputo, ou
diminuíssem os pontífices, os dias do Mercedônio.
A este ano de reforma Juliana, constante então de 415 dias distribuídos ora 15
meses; deu-se por este motivo o nome de “ano
de confusão.”
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É isso!
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