Urucubaca, que significa má sorte ou azar, tem etimologia controversa. O termo, que foi popularizado
pela imprensa carioca nos primórdios do século XX, para satirizar os feitos ridículos
da administração de Hermes da Fonseca, segundo alguns, origina-se das palavras urubu e cumbuca, nome de
um peixe “azarento” e muito temido pelos pescadores de Santa Cruz. No entanto, outra explicação diz que o
vocábulo foi criado não por um pescador de Santa Cruz, mas por um carroceiro português,
que tendo encravado a roda no asfalto,
achou que estava sendo perseguido pelos dois piores bichos da fauna nacional: o
urubu, portador do caiporismo, e a vaca (baca), cuja significação está
intimamente ligada ao vocábulo avacalhado
(que se presta ao ridículo). Antigamente, no norte do Brasil, o termo urucubaca era muito utilizado com o sentido
de feitiço,
oriundo, ao que parece, de uru (cesto indígena com alça, feito de palha de carnaúba) e cabaça (planta muito utilizada no fabrico de objetos diversos),
dois açafates indispensáveis às mulheres do campo, onde colocavam seus rosários e cordões milagrosos.
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É isso!
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