21 de nov. de 2012

A origem da “Bula”


A palavra bula vem do latim bulla, bullae: bolha, selo, sinete. Este era o nome que se dava antigamente a qualquer diploma, carta, breve, rescrito ou letras apostólicas em pergaminho. Tinha ainda sentidos muito diversificados entre os romanos, que chamavam bula à insígnia que traziam no pescoço aqueles que entravam triunfantes em Roma. Este mesmo nome era dado às medalhas que os nobres levavam ao peito, como sinal de emblema ou como indicativo de sua nobreza. Já no fim do Império davam-se o nome de bula a todas às peças de ouro, prata e outros metais, lavrados em formato redondo e oval, e que serviam de ornamentos para escritórios, cadeiras, portas etc. Também os selos já foram chamados de bulas, sendo o nome dado pelo rei Luiz II, rei da França, chamado o Gago, que empunhou o cetro de 877 a 879. Hoje, o termo é mais utilizado em referência ao impresso que acompanha um medicamento e que contém as indicações necessárias para o respectivo uso, e, também, no caso da bula papal, que é uma carta patente que contém decreto pontifício. Exemplos de Joaquim Nabuco, em “Minha Formação”: “Alguns dos seus ilustres predecessores procederam por vezes contra a escravidão; tendo esta por única origem o tráfico, está de fato compreendida nas bulas que o condenaram, mas os tempos em que esses imortais pontífices falaram não são os nossos, a humanidade então não havia feito esforços para apagar o seu crime de tantos séculos contra a África, cuja raça infeliz parece destinada a sofrer, sob formas diversas do mesmo preconceito, a fatalidade da sua cor”;  em “O Abolicionismo”: “Nem os bispos, nem os vigários, nem os confessores, estranham o mercado de entes humanos; as bulas que o condenam são hoje obsoletas.”

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É isso!

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