A
palavra cruzada é formada por cruz, com acréscimo da desinência ada. As Cruzadas foram expedições militar e religiosa que visavam reconquistar Jerusalém do domínio dos muçulmanos: a Sacra crucis militia. A primeira Cruzada
foi instituída na França pelo padre da Picardia, chamado Pedro o Eremita, que,
ao retornar de uma romaria que fizera à Jerusalém, proclamou com grandes
exageros os sofrimentos que supostamente teriam sidos vítimas os cristãos no
Oriente, afirmando que era preciso resgatar o túmulo do Senhor e os lugares que
ele havia santificado, os quais estavam sob poder dos “infiéis”. O Papa Urbano
II autorizou esta Cruzada no Concílio de Clermont; o entusiasmo foi geral:
todos queiram fazer parte da expedição, e cada um conduzia por insígnia uma
cruz vermelha, da qual se derivou o nome de Cruzados. Pedro o Eremita foi o capitão desta turba, que estava
composta de vagabundos, romeiros, frades, crianças e mulheres, mas que se
dispersou antes mesmo de alcançar o seu destino. Pouco depois partiu o exército
formado da cavalaria e da nobreza, sob o comando de Godofredo de Bulhões. Foi
este exército que sitiou Jerusalém e a conquistou no ano de 1099. Godofredo
recebeu o título de rei, e outros reinos pequenos se estabeleceram pela mesma
ocasião no Oriente. Esta conquista foi objeto de um conhecido poema: “A
Jerusalém libertada”, de Tasso. Em suas “Farpas”, Eça de Queiroz cita o nome do
conquistador Godofredo de Bulhões: “compreende-se
Godofredo de Bulhões, com a sua hercúlea natureza que resistiu inalterável às
fomes, às sedes, às pestes, às guerras, a todas as tragédias da cruzada, soçobrando
finalmente ao ter de embainhar a espada, e morrendo - por ter chegado!”
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É isso!
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