A palavra pólvora vem do latim pulvis, pulveris: a parte inflamável
que vem do enxofre. A pólvora tem em sua composição enxofre, salitre e pó
de carvão, que se torna inflamável pelo calor e liberta gases de grande
expansão e força. Desde os tempos mais antigos as misturas inflamáveis já
haviam sido empregadas na guerra entre os povos, principalmente nas regiões
asiáticas. Os gregos do Baixo Império aprenderam de um arquiteto sírio chamado
Calínico, a composição do famoso fogo greuês. A tradição ora atribui a descoberta da verdadeira pólvora ao frade Rogério Bacon, ora ao
frade suíço Bertoldo Schwartz. Contudo, foi Schwartz quem inventou os canos das espingardas
fabricadas por meio de uma liga de chumbo e estanho. O primeiro povo que se
serviu deste invento foram os venezianos no assédio de Chiozza e assim que alcançaram
a vitória meteram Schwartz em uma sombria masmorra. A descoberta da pólvora não
pode ser atribuída a um inventor isolado. É, portanto, obra, não de um indivíduo, porém de muitos
séculos reunidos. Uma longa série de aperfeiçoamentos sucessivos, introduzidos
pelos diferentes povos da Ásia e da Europa no preparo das misturas incendiarias
que eram de tempos imemoriáveis empregadas nos combates culminaram no progresso
natural das cousas, dentre os quais se encontra este terrível
agente de destruição que exerceu o profunda influência sobre os destinos dos
povos modernos. Deste termo origina-se a palavra polvorosa, que denota grande agitação ou
confusão, como na expressão “andar tudo em polvorosa”, ou seja, andar tudo em
desordem.
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É isso!
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Referência Bibliográfica:
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