Álbum é um termo oriundo do latim, que, entre os romanos,
era uma tábua coberta de gesso, sobre a qual se escreviam os atos do pretor, as
fórmulas judiciárias e os processos de natureza civil. Estes álbuns eram
afixados em locais públicos, sendo condenado à morte todo aquele que ousasse
apagar algo que nele estivesse escrito. Entre nós, é um livro ou caderno destinado a
colecionar fotografias, desenhos, selos de correio, versos, discos ou quaisquer
objetos que se ache digno de recordação. Exemplos: de José de Alencar, em “Ao
correr da pena”: “Obrigar um homem a percorrer todos os
acontecimentos, a passar do gracejo ao assunto sério, do riso e do prazer as
páginas douradas do seu álbum, com
toda a finura e graça e a mesma monchalance com que uma senhora volta as páginas douradas do
seu álbum, com toda a finura e
delicadeza com que uma mocinha loureira dá sota e basto a três dúzias de
adoradores!”;
de Eça de Queiroz, em “O Crime do Padre Amaro”: “A
S. Joaneira ia mostrando as outras maravilhas do pároco, — um crucifixo que
estava ainda embrulhado num jornal velho, o álbum de retratos, onde
o primeiro cartão era uma fotografia do Papa abençoando a cristandade. Todas se
extasiaram”; de Machado de Assis, em “Memorial de Aires”: “Digo
que eram gravuras, porque me fui despedir dele, que se levantou logo, com
grande cortesia; mas de longe pensei que fosse o álbum de retratos. Não era; o álbum
estava ao pé, aberto justamente na página em que figuram as duas fotografias de
Carmo e do marido.”
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É isso!
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