A palavra luto, do latim luctu,
que, entre outros sentidos, designa as vestes escuras que a família e amigos da
pessoa falecida usam durante certo tempo como sinal do seu pesar ou tristeza,
como nesses exemplos extraídos da nossa Literatura: Lima Barreto, em
“Marginália”: “A moça aceitou o pedido com
repugnância e impôs que o seu palácio e residência fosse decorado e guarnecido
como se se tratasse de um luto e o
casamento se fizesse de preto. A
condição foi aceita e assim os esponsais foram realizados”; e: Histórias e
Sonhos”: “Morreu o marido. O enterro foi
fácil e o luto ficou-lhe bem. O seu
olhar vago, fora dos homens e das cousas, atravessava o véu negro como um firmamento com uma única estrela no engaste de um
céu de borrasca”; José de Alencar, em “A Viuvinha”: “As fascinações do luxo, as bonitas
palavras dos caixeiros e as instâncias de sua mãe, tudo foi baldado. Ela
recusou tudo, e contentou-se com um simples vestido preto e algumas rendas da mesma cor, como se estivesse de
luto, ou se preparasse para as festas da Semana Santa.”
No que concerne à cor preta do luto, sabe-se que até a morte de Filipa, tia do
rei de Portugal D. Manuel, o luto em terras portuguesas era representado na cor
branca, e não na preta, como ainda é usual, ainda hoje, em muitas regiões de
Portugal e do Brasil, entre outros muitos países.
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É isso!
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