A palavra destino vem destinar (destinare),
que, no latim, tem o sentido de fixar, prender, segurar, firmar,
determinar, resolver, nomear etc. Destinar, segundo
dicionários, significa: determinar de antemão, fixar
previamente, reservar algo para determinada finalidade etc. Na mitologia,
Destino era filho do Caos e da Noite, a quem estavam submissos os homens, e o
qual conduzia em sua mão uma urna contendo a sorte destes mortais. Era
representado na figura de um ancião de austera aparência, tendo aos seus pés um
globo terrestre. Entre outros sentidos
os dicionários de Língua Portuguesa dão as seguintes definições para o termo: encadeamento de fatos supostamente fatais, lugar
a que se dirige alguém ou algo, o que há de vir, de acontecer etc. Exemplos
de Machado de Assis, em “Dom Casmurro”: “Nem eu, nem tu, nem ela, nem qualquer outra pessoa desta história
poderia responder mais, tão certo é que o destino,
como todos os dramaturgos, não anuncia as peripécias nem o desfecho. Eles
chegam a seu tempo, até que o pano cai, apagam-se as luzes, e os espectadores
vão dormir”; em “Esaú e Jacó”: “Que importava saber o sexo do filho? Conhecer o destino dos dois era mais imperioso e útil”; em “Balas de
Estalo”: “Mas tão depressa lhe dei essa
resposta como recebi das mãos do destino
um acontecimento deplorável, que me obriga a ser sério, na casca e no miolo”;
em “Helena”: “Mendonça
sentiu que metade de seu destino
estava acabada, e que a outra metade ia começar, mais circunspecta que a primeira”;
em “A Mão e a Luva”: “Um
gesto, um só gesto, e é o meu destino
que lhe entrego com ele, disse Guiomar olhando em cheio para o moço”; em
“Ressurreição”: “Raquel estava mais
tranqüila depois da conversa no jardim; mas, que destino teria a flor de sua alma, lírio transformado em goivo, vivido
de lágrimas, medrado no silêncio?”
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É isso!
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