A
palavra asno vem do latim asinus, que
significa: burro, jumento. Na mitologia, conta-se que o
rei por nome Nauplio tinha o asno que ensinara a Baco sobre a necessidade se podar a
plantação de uvas, e para isso comeu ele uma cepa de videira, que logo em
seguida brotou com muito mais vivacidade que as outras. Ainda na mitologia,
diz-se que o asno costumava frequentar as festas consagradas a deusa Vesta,
pela razão de que, tendo ela desprevenidamente cochilado, foi despertada pelo
relincho do animal, que a salvou de UM iminente perigo. Na Bíblia consta que Deus
fez uma jumenta falar após ter sido espancada por seu dono: “ Nisso abriu o Senhor a boca da jumenta, a qual
perguntou a Balaão: Que te fiz eu, para que me espancasses estas três vezes? Respondeu
Balaão à jumenta: Porque zombaste de mim; oxalá tivesse eu uma espada na mão,
pois agora te mataria. Tornou a jumenta a Balaão: Porventura não sou a tua
jumenta, em que cavalgaste toda a tua vida até hoje? Porventura tem sido o meu
costume fazer assim para contigo? E ele respondeu: Não” (Nm. 22: 28-30).
Figurativamente a palavra asno denota de maneira ofensiva um indivíduo desprovido de
inteligência, ou seja: um burro. Exemplo extraído de uma das deliciosas
crônicas de Machado de Assis: “Naturalmente,
a maioria indignou-se. Um, para provar que o preopinante errava, chamou-lhe asno, ao que retorquiu
aquele que as suas orelhas eram felizmente curtas. Essa alusão às orelhas
compridas do outro fez voar um tinteiro e ia começar a dança das bengalas,
quando me ocorreu uma idéia excelente.” Em relação ao nome da
“voz” atribuída ao asno, são vários, a saber: azurrar, ornear, ornejar,
rebusnar, relinchar, zornar, rebusno.
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É isso!
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