A palavra fisco tem origem no latim fiscu, que era uma cesta de vime, onde
se juntava o dinheiro do tesouro público. Hoje diz respeito à parte da
administração pública incumbida da cobrança dos impostos. Exemplos da nossa
Literatura: Joaquim de Macedo, em “As
Mulheres de Mantilha”: “Escândalo tão revoltante ajuntava-se à experiência de
extorsões do fisco sem regra, às
crueldades do mais arbitrário e atroz recrutamento, que deixava mães, viúvas e
irmãs órfãs ao desamparo, filhos sem pais e esposas sem maridos, os atentados
contra a propriedade, e contra a liberdade individual, privando-se em proveito
das obras públicas os senhores dos serviços de seus escravos, e coagindo-se
homens livres, sob pretexto de que eram vadios, a ir trabalhar nas obras do rei”.
Machado de Assis, em “Comentários da Semana”: “O que há de política? É a pergunta que naturalmente ocorre a todos, e a
que me fará o meu leitor, se não é ministro. O silêncio é a resposta. Não há
nada, absolutamente nada. A tela da atualidade política é uma paisagem
uniforme; nada a perturba, nada a modifica. Dissera-se um país onde o povo só
sabe que existe politicamente quando ouve o fisco bater-lhe à porta.” Eça de Queiroz, em “Uma Campanha
Alegre”: “Ora em Abrantes entende-se de
um modo largamente torpe esta acção do fisco
sobre a pesca. Vinte homens, extremamente miseráveis, que pescavam no rio –
onde não podiam chegar marés vivas – e alguns mesmos que de todo não pescavam,
foram obrigados a pagar o imposto do pescado!” José do Patrocínio, em “Pena
de Morte”: “Os credores e o fisco escancaravam as goelas enormes e
não as fechavam sem terem engolido parte do trabalho do fazendeiro durante longos anos. Além disso o
repetiam sempre estribilho hediondo da sua imaginária barbaridade contra a
família do agregado.”
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É isso!
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É isso!
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