A palavra gnóstico vem
do grego gnostikos: capaz de
conhecer, conhecedor, iluminado, ilustrado, dotado de conhecimento. Refere-se o
termo ao seguidor do gnosticismo,
ecletismo filosófico sincrético surgido nos primeiros séculos da Era Cristã,
principalmente em Alexandria, e que pretendia conciliar todas as religiões
através da gnose, um mistério transmitido aos fiéis mediante complexos ritos
de iniciação, e definido da seguinte forma por José Ferrater Mora, em seu “Dicionário de
Filosofia”: “Define-se
de um modo geral o gnosticismo como
toda a tendência e pretensão de conseguir o saber absoluto, sem que isso
signifique sempre o acesso ao mesmo por via puramente racional ou intelectual:
mas antes mística e estética. Usualmente chamam-se gnósticos a uma série de pensadores que elaboraram grandes sistemas
teológico-filosóficos durante os primeiros séculos da era cristã, nos quais se
encontram misturadas as especulações do tipo neo-platônico com os dogmas
cristãos e as tradições judaico-orientais.” E na definição do “Novo
Dicionário da Bíblia”, organizado por J. D. Gouglas: O termo gnosticismo é derivado do vocábulo
grego gnosis, conhecimento, e tradicionalmente aplicado a um conjunto de ensino
herético que a igreja primitiva teve de enfrentar nos dois primeiros séculos de
nossa era. Entretanto, atualmente é largamente aplicado para aquelas formas da
religião helenista, tanto pré-Cristã como pós-Cristã, que exibem características
semelhantes àquelas heresias e algumas vezes a qualquer forma de religião em que
o dualismo e a possessão de conhecimento superior são elementos importantes:
por isso tem sido aplicado a certas porções do Novo Testamento e, de fato, ao
Cristianismo como um todo. Exemplos extraídos da nossa Literatura: de Euclides
da Cunha, em “Os Sertões”: “Bastava
que volvêssemos aos primeiros dias da Igreja, quando o gnosticismo universal se erigia como transição obrigatória entre o
paganismo e o cristianismo, na última fase do mundo romano em que, precedendo o
assalto dos Bárbaros, a literatura latina do Ocidente declinou, de súbito, mal substituída
pelos sofistas e letrados tacanhos de Bizâncio.”
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É isso!
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