Em geral os dicionários definem a palavra almoço
como a primeira refeição do dia. Se formos buscar a origem do termo, veremos
que é formada do artigo árabe al, e
do nome latino morsus, que significa bocado. Entre os antigos gregos, o
almoço dava-se logo pela manhã, consistindo basicamente num bocado de pão
mergulhado em vinho puro. Assim era também o jentaculum dos romanos, que adotaram os costumes dos atenienses. No
que concerne ao jantar, na Europa do século XVI isso dava-se às 10 horas da
manhã, de onde tiraram os franceses o nome diner:
jantar. No século seguinte, jantava-se das 11 horas
ao meio-dia. Os jantares de convite eram sempre ao meio-dia, que era a hora da
corte. No século XVIII jantava-se a 1 hora; depois às 2; depois às 3, ás 4, às
5, e hoje janta-se sempre à noite. Exemplos da nossa Literatura, que corroboram
o hábito de se almoçar pela manhã: de Machado de Assis, em “A Ressurreição”: “Às dez horas levantou-se para almoçar. Acabava de sentar-se à mesa
quando lhe vieram dizer que uma pessoa o procurava”; em “Iaiá Garcia”: ‘Erguia-se com o sol, tomava do regador, dava de beber às flores e à
hortaliça; depois, recolhia-se e ia trabalhar antes do almoço, que era às oito
horas”; em “Esaú e Jacó”: “Naquele
mesmo dia (era ao almoço) ele achou o café delicioso, mas a irmã
disse que era ruim, obrigando-o a um grande esforço para tornar atrás e achá-lo
detestável.”
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É isso!
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