A palavra entusiasta vem do grego enthousiastés, formado a partir do
radical enthousiastikós: cheio de entusiasmo, inspirado. Denota, hoje, o que se
entusiasma ou que se dedica vivamente por algo ou alguém de maneira intensa e
exaltada. Antigamente, entusiasta
era o nome dado um grupo sectário, também chamados masalianos e euquitas.
Segundo Teodoreto, que cunhou o nome, foram chamados entusiastas porque, “estando agitados pelo demônio”, acreditavam
estarem inspirados. Outros que também foram denominados entusiastas são os anabatistas
e os cuakeros (ou templadores), os quais se diziam
cheios da inspiração divina e que defendiam que as Escrituras deveriam ser
explicadas à luz desta inspiração. Com o
sentido que lhe atribuímos, temos vários exemplos na nossa Literatura: de
Coelho Neto, em “A Conquista”: “Quando
deixaram o escritório da Cidade do Rio, lentos, curvados como enfermos, ainda
erravam entusiastas e alguns tão
desequilibrados que começavam um viva numa calçada e iam terminá-lo na outra.”;
Machado de Assis, em “Várias Histórias”: “No
que eles estavam todos de acordo é que ela era extraordinariamente bela; aí
foram entusiastas e sinceros”;
de Euclides da Cunha, em “Os Sertões”: “À parte os raros contingentes de povoadores pernambucanos e
baianos, a maioria dos criadores opulentos, que ali se formaram, vinha do Sul, constituída
pela mesma gente entusiasta e
enérgica das bandeiras”; Lima Barreto, em “Numa e a
Ninfa”: “Havia ali de toda
a gente; pobres homens desempregados, que vinham até ali ganhar uma espórtula;
vagabundos notáveis, entusiastas ingênuos, curiosos e agradecidos; todas as cores.”
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É isso!
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