Apoteose, do grego apotheosis: deificação,
era, entre os antigos gregos e os romanos, a cerimônia de divinização, em
especial dos imperadores de Roma, e, em alguns casos, incluíam-se as
imperatrizes. Quando se tratava do imperador,
soltava-se uma águia, que espavorida das chamas voava e desaparecia pelo
espaço, acreditando o povo que levava para o céu a alma do falecido; já para as
imperatrizes, em lugar da águia usava-se um pavão. O termo denota para nós,
hoje, o conjunto de honras tributadas a uma pessoa superior, o ápice de um
acontecimento etc. Exemplos: de Machado
de Assis, em “Quincas Borba”: “Carlos
Maria folgou de se ver assim amado em silêncio, e toda a prevenção se converteu
em simpatia. Começou
a vê-la, saboreou a confusão da moça, os medos, a alegria, a modéstia, as
atitudes quase implorativas, um composto de atos e sentimentos que eram a apoteose do homem amado.”;
de Euclides da Cunha, em “Os Sertões”: “Nenhum se lhe equipara, no jogar das
antíteses. A sua feição aparente é a de benignidade extrema: — a terra afeiçoada
à vida; a natureza fecunda erguida na apoteose
triunfal dos dias deslumbrantes e calmos; e o solo abrolhando em vegetação
fantástica — farto, irrigado de rios que irradiam pelos quatro pontos cardeais.”
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É isso!
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