A palavra dissimulação vem do latim dissimulatio:
disfarce, fingimento, arte de encobrir as intenções e pensamentos.
O verbo dissimular significa: não
dar a perceber, não revelar seus sentimentos, ocultar, encobrir, fingir etc. Um
bom exemplo vem de Machado de Assis, da sua personagem Capitu, do romance “Dom
Casmurro”, a qual, na visão do agregado José Dias, fingia dissimulação no próprio olhar: “Você já reparou nos olhos dela? São assim
de cigana oblíqua e dissimulada”.
E, aqui, seguem mais alguns exemplos de Machado de Assis, sobre o sentido de dissimulação:
Em “Entre Santos”: “Tinham já contado casos de fé sincera e castiça, outros de indiferença, dissimulação e versatilidade”; em “Memorial de Aires”: “Talvez ele tenha alguma dissimulação, além de outros defeitos de sociedade, mas neste mundo a imperfeição é coisa precisa”;
Em “Esaú e Jacó”: “Ao almoço e durante o dia, falaram muita vez da cabocla e da predição. Agora, ao ver entrar o marido, Natividade leu-lhe a dissimulação nos olhos. Quis calar e esperar, mas estava tão ansiosa de lhe dizer tudo, e era tão boa, que resolveu o contrário”;
Em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”: “Não me confessou o marido a causa da recusa; disse-me também que eram negócios particulares, e o rosto sério, convencido, com que eu o escutei, fez honra à dissimulação humana”;
Em “Iaiá Garcia”: “Nem lhe deixou concluir a frase de agradecimento; cortou-a com uma carícia; depois falou-lhe da beleza, das ocupações, de cem coisas alheias a objeto que as reunia, dissimulação generosa, que Estela compreendeu, porque também possuía o segredo dessas delicadezas morais”;
Em “Helena”: “Melchior foi o primeiro que voltou a si. A reflexão corrigiu a espontaneidade, e o padre reassumiu o gesto usual, com essa dissimulação que é um dever, quando a sinceridade é um perigo”;
Em “Ressurreição”: “Como a confiança de Félix não se havia alterado, Lívia usava assim uma dissimulação honesta, por simples motivo de piedade e gratidão.”
E, aqui, seguem mais alguns exemplos de Machado de Assis, sobre o sentido de dissimulação:
Em “Entre Santos”: “Tinham já contado casos de fé sincera e castiça, outros de indiferença, dissimulação e versatilidade”; em “Memorial de Aires”: “Talvez ele tenha alguma dissimulação, além de outros defeitos de sociedade, mas neste mundo a imperfeição é coisa precisa”;
Em “Esaú e Jacó”: “Ao almoço e durante o dia, falaram muita vez da cabocla e da predição. Agora, ao ver entrar o marido, Natividade leu-lhe a dissimulação nos olhos. Quis calar e esperar, mas estava tão ansiosa de lhe dizer tudo, e era tão boa, que resolveu o contrário”;
Em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”: “Não me confessou o marido a causa da recusa; disse-me também que eram negócios particulares, e o rosto sério, convencido, com que eu o escutei, fez honra à dissimulação humana”;
Em “Iaiá Garcia”: “Nem lhe deixou concluir a frase de agradecimento; cortou-a com uma carícia; depois falou-lhe da beleza, das ocupações, de cem coisas alheias a objeto que as reunia, dissimulação generosa, que Estela compreendeu, porque também possuía o segredo dessas delicadezas morais”;
Em “Helena”: “Melchior foi o primeiro que voltou a si. A reflexão corrigiu a espontaneidade, e o padre reassumiu o gesto usual, com essa dissimulação que é um dever, quando a sinceridade é um perigo”;
Em “Ressurreição”: “Como a confiança de Félix não se havia alterado, Lívia usava assim uma dissimulação honesta, por simples motivo de piedade e gratidão.”
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É isso!
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