Marimba, palavra que tem sua origem
no quimbundo (língua africana), é um instrumento musical de origem africana,
parecido com o piano e que consiste em duas réguas de madeira, dispostas com
intervalos regulares, com 20 cabaças por cima delas, de diversas
grandezas, abertas todas na parte superior. Pedaços de pau bem talhados, de 1 decímetro
de largura e 8 de comprimento, assentam sobre os orifícios das cabaças, e estão
simetricamente dispostos como as teclas de um piano. As notas deste instrumento
tocam um som graduado, cuja entonação depende da grossura das cabaças, e da
dimensão das teclas. Os que tocam este instrumento prendem uma correia às
extremidades do teclado, passam-na em volta do pescoço, e andam deste modo com
a marimba,
à maneira dos que tocam realejo. Quando tocam, percorrem com extrema
velocidade as notas do instrumento por meio de 2 baquetas. A marimba, embora seja um instrumento bem simples, produz
sons doces e agradáveis. Livingston, que manteve contato com o povo que inventou este instrumento, asseverou ter
sentido um verdadeiro prazer em ouvir tocar marimba. Estes instrumentos são
usados também nas antigas colônias
portuguesas da África ocidental. Os
antigos escravos brasileiros também faziam uso da marimba, o que consta em nossa Literatura ,
por exemplo: Bernardo Guimarães, em “Histórias e tradições da Província de
Minas Gerais”: “Os negros que vinham do
trabalho e se recolhiam às senzalas ou conversando ou cantando em voz baixa ao
toque da marimba faziam um zumbido
semelhante ao das abelhas, quando se recolhem ao colmeal”; José do
Patrocínio, em “Pena de Morte”: “Sob a
copa das grandes árvores do descampado, o chão acolchoado de folhas
assemelha-se a uma praia coberta de conchas de ouro, mas conchas sonoras, como
pequenas marimbas cujas cordas dedilhasse o tênue sopro da aragem. E a multidão dos
canários que aí se abriga da crueldade da canícula.”
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É isso!
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