A palavra mitologia tem origem no
grego mythología, constituída por um
leque muito abrangente de lendas e crenças, que tentavam explicar –
simbolicamente – a realidade universal. Os símbolos e as figuras são as principais
características da religião primitiva dos Gregos. Apresenta a personificação dos
planetas, dos ventos, dos fenômenos celestes, das revoluções físicas do globo,
dos primeiros fundamentos da sociedade,
dos primeiros ensaios da agricultura, da industria, e especialmente de metalurgia.
É grande a obscurantismo que envolve esta religião primitiva. São muito
curiosas as crenças religiosas dos Gregos, na época em que foi composta a
Teogonia, atribuída a Hesíodo, isto é, no século VIII antes da nossa era. Eis
um pequeno trecho de um poema: “No princípio foi o Caos, depois a Terra, com o
seu vasto seio, base inabalável de todas os seres; depois, no fundo de seus
abismos o Tártaro, e o Amor, o mais belo dos deuses imortais. Do Caos nasceram
as trevas inferiores e superiores, o Érebo e a Noite, que unindo-se produziram
o Éter e o Dia, a luz superior e a luz inferior. A Terra gerou sucessivamente Ouranos (o
céu), as montanhas, e Pontos (o mar); depois unindo-se ao Céu deu à luz
o Oceano,, e Tétis, a mãe das fontes e dos ribeiros. A este
primeiro par seguiram-se outros cinco, e entre os doze filhos os mais notáveis
foram os Ciclopes, os Hecatonqueiros,
seres de cem mãos, e
finalmente Cronos (o tempo), o último de todos. Ouranos amedrontado
com o nascimento destes filhos, que pressagiavam o fim do seu império, tornou a
submergi-lo no seio da Terra, a qual, auxiliada por Cronos, armou um
laço ao esposo, que foi cruelmente mutilado por seu filho. Das gotas de sangue
de Ouranos nasceram as Erínias ou
Fúrias, os gigantes e as ninfas Melias.
Dos pedaços da carne, cabidos no mar, formou-se uma espuma de onde saiu Afrodite,
a deusa da beleza, à qual logo se prenderam o Amor e o Desejo. Pela sua
parte, a Noite tinha sucessivamente dado à luz o Destino, a Morte, o Sono, os
Sonhos, o Riso, as Lágrimas, as Hespérides, as Parcas, as Penas divinas, Nêmesis a Fraude, a Amizade, a Velhice, a Discórdia etc. Esta última, a seu turno, produzia o
Trabalho, o Esquecimento, a Fome etc., e outras divindades, símbolos das misérias
humanas.
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É isso!
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