Réquiem, cuja origem está no latim, é o nome
de uma missa que a Igreja Católica celebra pelos mortos, em razão de ser
iniciada pelas palavras latinas das Escrituras: reqiem eternam dona eis, Domine, ou seja: “dai-lhes, Senhor, o
repouso eterno”. Mozart, assim como muitos outros compositores clássicos,
compuseram excelentes músicas para este tipo de missa. Uma das mais notáveis entre
todas é a de Mozart, cantada pela primeira vez nas suas próprias exéquias, e,
aqui no Brasil, estreada por José Maurício, em 1819. Exemplos da nossa
Literatura: de Machado de Assis, em “Várias Histórias”: “Enterrada a mulher, o viúvo teve uma
única preocupação: deixar a música, depois de compor um Requiem, que faria
executar no primeiro aniversário da morte de Maria”; de
Almeida Garret, em “Viagens na minha terra”; “Não, senhor: o frade, que é patriota e liberal na Irlanda, na Polônia,
no Brasil, podia e devia sê-lo entre nós; e nós ficávamos muito melhor do que
estamos com meia dúzia de clérigos de requiem para nos dizer missas...”; de Eça de Queiroz, em “O
Crime do Padre Amaro”: “E ele, Amaro, caminhava ao lado cantando o Requiem, de Breviário aberto numa mão, com a outra abençoando as velhas,
as amigas da Rua da Misericórdia que se agachavam para lhe beijar a alva”; de Raul Pompéia, em “O Ateneu”: “À hora da ceia, na mesma porta em que se lia a gazetilha das
aulas, sombrio como nunca, vagaroso como os compassos de réquiem, tétrico como o juízo final, entrou o diretor.”
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É isso!
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