Fuzuê é um termo cujo aparecimento remonta ao
ano de 1935, quando foi criado para designar as extravagâncias do
carnaval. Examinando a nossa literatura, encontrei referências ao termo apenas
em duas obras, exatamente escritas após o ano de 1935, a saber: Jorge Amado,
em “Capitais da Areia”: “Ninguém tem uma
vida igual à dos malandros. Passa o dia conversando nas docas, no mercado, vai
às festas dos morros e da Cidade de Palha à noite, ou às macumbas. Toca seu
violão, come e bebe do melhor, apaixona as cabrochas bonitas com sua voz e sua
música. Arma fuzuê nas festas e
quando a polícia o persegue vem se esconder no trapiche entre os Capitães da
Areia”. Graciliano Ramos, em “Vidas
Secas”: “Porque tinham feito aquilo? Era o que não podia saber. Pessoa
de bons costumes, sim senhor, nunca fora preso. De repente um fuzuê sem motivo. Achava-se tão
perturbado que nem acreditava naquela desgraça. Tinham-lhe caído todos em cima,
de supetão, como uns condenados. Assim um homem não podia resistir.”
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É isso!
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