A palavra candeeiro é formada de candeia, que é uma pequena peça de iluminação, abastecida com óleo ou gás inflamável
que queima num pavio fumegante, especialmente de algodão. Antigamente candeeiro (ou candieiro) era o nome do oficial que fazia candeias de cera, que
mais tarde se chamou de rolo. O candeeiro era diferente do cerieiro, que fazia velas, tochas e
brandões. Exemplos: de Eça de Queiroz, em “A Ilustre Casa de Ramires”: “E na sala alta do Gago, ao cimo da escada
esguia e íngreme que subia da taberna, a um canto da comprida mesa alumiada por
dois candeeiros de petróleo, a ceia
foi muito alegre, muito saboreada”; de Alexandre Herculano, em
“Eurico, o Presbítero”: “A tenda
era, de feito, a do esforçado filho de Muça. A mesa do banquete ainda vergava
com os restos das iguarias: os brandões já gastos e os candeeiros mortiços derramavam uma claridade suave pelo aposento”; de
Machado de Assis, em “Missa do Galo”: “Tinha comigo um romance, Os
Três Mosqueteiros, velha tradução creio do Jornal do Comércio. Sentei-me à mesa que havia no centro da
sala, e à luz de um candeeiro de
querosene, enquanto a casa dormia, trepei ainda uma vez ao cavalo magro de
D'Artagnan e fui-me às aventuras. Dentro em pouco estava completamente ébrio de
Dumas”; de Graciliano Ramos, em “Vidas Secas”: “Os meninos sentados perto do lume, a panela chiando na trempe
de pedras, Baleia atenta, o candeeiro
de folha pendurado na ponta de uma vara que saia da parede.”
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É isso!
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