O termo catinga
tem origem no guarani (língua indígena), de kati, que significa: cheiro pesado, cheiro forte,
e ykatyngaí: fede mal. Catinga é, pois, o odor forte e
desagradável que é exalado do corpo humano. Exemplos da Literatura: Inglês de
Sousa: “O Missionário”: “A vista do lago
recordava-lhe o tempo passado sob os castanheiros frondosos, à margem dos rios
sertanejos, na delícia do viver alegre e despreocupado, passando os dias na
colheita, a regalar-se de castanhas e de peixe fresco, de ovos de tartaruga
desenterrados da areia com alvoroço de criança, as noites nas festas ruidosas
dos lundus e dos cateretês que iam até ao amanhecer, ao som dos instrumentos
primitivos dos tapuios, ao perfume irritante da aguardente de mandioca e da catinga das mulatas, enquanto a família
dormia em alvas redes de linho, nas barracas improvisadas, cansada de
vagabundear na extensão das praias em busca de ovos de garças e de maguaris.”
José de Alencar: “O garatuja”: “— E foi um
maldito cigano que o trouxe! Eu bem o vi pelo buraco da rótula quando passou
cosido num couro de bode e então deitava uma catinga de enxofre”. Monteiro Lobato: “O Saci”: “— Cuidado! — disse ele. — Estou sentindo catinga de lobisomem. Meu faro nunca se
engana...”. Júlia Lopes de Almeida: “A Falência”: “Foi ao fragor dessas invectivas que Ruth se despediu da velha,
deixando-a sozinha no seu casarão, onde as catingas
do rato e do mofo vagavam conjuntamente”.
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É isso!
Muito interessante. Obrigado por compartilhar esse conhecimento. Só queria deixar a sugestão da fonte.
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