O termo esponsais, do latim sponsalia, sponsalium, é a promessa solene do futuro matrimônio, o contrato de
casamento. Entre os romanos, os esponsais precediam de poucos dias o casamento; escreviam-se as convenções matrimoniais num registro público, e selavam-na
ambas as partes com o seu anel: o homem dava como sinal á mulher um anel de
ferro, sem pedra preciosa, chamado pronubium.
Exemplos: de Júlio Diniz, em “As Pupilas do Senhor Reitor”: “Como tinha conjeturado, o projeto passou
sem oposição da parte de José das Dornas, que antes ficou muito contente com a
novidade. Somente pediu o adiamento da época dos esponsais, para quando chegasse do Porto, Daniel, que devia,
naquele ano, terminar a sua formatura na escola de medicina na cidade invicta”; de Bernardo
Guimarães, em “O Garimpeiro”: “Em casa do Major nesse dia também a reunião era mais numerosa e
animada do que de ordinário, não só por ser o dia que era, como também por se
darem ali como umas festas esponsais,
em que se iam de uma vez para sempre confirmar as solenes e recíprocas
promessas do casamento de Lúcia e Leonel”;
de Lima Barreto, em “Marginalia”: “A moça aceitou o pedido com
repugnância e impôs que o seu palácio e residência fosse decorado e guarnecido
como se se tratasse de um luto e o casamento se fizesse de preto. A condição
foi aceita e assim os esponsais
foram realizados”;
de Júlia Lopes de Almeida, em “A Viúva Simões”: “Encostou-se ao umbral. Não passava ninguém, a casa parecia deserta; a
viúva recobrou alento e atravessou o corredor, descalça, com os artelhos nus,
pensando em ir encontrar a filha amortalhada, no cetim branco das esponsais, com a grinalda de virgem e o
véu castíssimo esparso em ondas sobre as suas opulentas tranças loiras...”
---
É isso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário