O nome Anhangá tem origem no tupi a'ñanga,
composto de anho:
só, e
angá:
alma, que era, entre os índios, um espírito mal, algo que se corrobora neste
exemplo extraído de Bernardo Guimarães, em “O Ermitão de Muquém”: “Foi Tupã, exclamava ele em transportes de
alegria, foi Tupá que aqui nos enviou este estrangeiro; e foi sua voz que me
chamou para nos libertar de um monstro, enviado por Anhangá para maquinar a nossa perdição. Guerreiros, vamos dar
graças aos céus e oferecer sacrifícios aos manitós de nossas tabas por este
sucesso de tão feliz agouro”. Da mesma origem temos o nome
Anhanguera, que, em tupi, significa: diabo
velho, nome atribuído pelos índios ao bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, por sua
extrema crueldade e violência, que os capturavam e os aprisionavam. Seu nome
era tão temido que os indígenas ficavam horrorizados só em ouvi-lo. Outro
termo oriundo da mesma palavra tupi, é Anhangabaú, nome de uma antiga várzea na região central
da cidade de São Paulo, hoje conhecida como Vale do Anhangabaú, citado por
Alcântara Machado em seu “Laranja da China”: “Estava ali esperando o bonde. O último bonde que ia para a Lapa. A
garoa descia brincando no ar. Levantou a gola do paletó, desceu a aba do
chapéu, enfiou as mãos nos bolsos das calças. O sujeito ao lado falou: O
nevoeiro já tomou conta do Anhangabaú.”
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É isso!
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