A palavra censo tem origem no latim census: rol das pessoas e dos
bens, feito pelo censor etc. Para nós, designa a contagem geral da população,
ou seja, recenseamento. Antigamente, em Portugal, censo (censura ou censuria) eram os direitos, as rendas e
pensões que as catedrais deveriam receber anualmente das igrejas, mosteiros e
bispados. A isto dava-se também os nomes: jantares,
colheitas, visitações, procurações
ou paradas. O termo foi subtraído de censor (ou censitores), que eram os oficiais romanos que tinha como missão
estimar, avaliar e por preço nas terras não cultivadas, terras estas
conquistadas nas muitas guerras que fizeram. O censor, aqui no Brasil durante o
regime militar, era funcionário do governo que tinha atribuição de aprovar
oficialmente a publicação de uma obra a ser impressa ou representada, ou seja,
era aquele que aplicava a famosa censura, o tipo exemplificado aqui, por
Almeida Garret, em “Viagens na Minha Terra”: “Dante não sei que gíria teve que batizou Públio Vírgilio Marão para lhe
servir de cicerone nas regiões do inferno, do paraíso e do purgatório cristão,
e teve tão boa fortuna que nem o queimou a Inquisição, nem o descompôs a
Crusca, nem sequer o mutilaram os censores,
nem o perseguiram delegados por abuso de liberdade de imprensa, nem o mandaram
para os dignos pares...”. Faz-se mister realçar a existência da palavra senso (com
s), que quer dizer: juízo claro, siso, faculdade ou capacidade de julgar. Por
exemplo: senso moral, bom senso, senso
crítico etc. Exemplo da Bíblia: “O bom senso
te guardará e a inteligência te
conservará” (Pv. 2:11).
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É isso!
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