21 de nov. de 2012

Os sentidos de “Censo”


A palavra censo tem origem no latim  census:  rol das pessoas e dos bens, feito pelo censor etc. Para nós, designa a contagem geral da população, ou seja, recenseamento. Antigamente, em Portugal, censo (censura ou censuria) eram os direitos, as rendas e pensões que as catedrais deveriam receber anualmente das igrejas, mosteiros e bispados. A isto dava-se também os nomes: jantares, colheitas, visitações, procurações ou paradas. O termo foi subtraído de censor (ou censitores), que eram os oficiais romanos que tinha como missão estimar, avaliar e por preço nas terras não cultivadas, terras estas conquistadas nas muitas guerras que fizeram. O censor, aqui no Brasil durante o regime militar, era funcionário do governo que tinha atribuição de aprovar oficialmente a publicação de uma obra a ser impressa ou representada, ou seja, era aquele que aplicava a famosa censura, o tipo exemplificado aqui, por Almeida Garret, em “Viagens na Minha Terra”: “Dante não sei que gíria teve que batizou Públio Vírgilio Marão para lhe servir de cicerone nas regiões do inferno, do paraíso e do purgatório cristão, e teve tão boa fortuna que nem o queimou a Inquisição, nem o descompôs a Crusca, nem sequer o mutilaram os censores, nem o perseguiram delegados por abuso de liberdade de imprensa, nem o mandaram para os dignos pares...”. Faz-se mister realçar a existência da palavra senso (com s), que  quer dizer: juízo claro, siso, faculdade ou capacidade de julgar. Por exemplo: senso moral, bom senso, senso crítico etc. Exemplo da Bíblia: “O bom senso te guardará e a inteligência te conservará” (Pv. 2:11).


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É isso!

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