Segundo a lenda Jorge era um belo príncipe que se tornou mártir no tempo de
Diocleciano, perseguidor cruel dos cristãos. Entre os prodígios que se lhe
atribuem desponta como principal o de ter matado por intermédio de sua lança um
terrível dragão, salvando por este ato a filha de um rei, a qual seria devorada.
Outros, entretanto, ignoram esta faceta
mitológica de São Jorge, vendo nele apenas um mártir, tomado da história de
Jorge da Capadócia, nomeado pelos arianos como patriarca de Alexandria. Mitos e
fatos, o que se sabe é que realmente fora um mártir, embora não se saiba em que
tempo exatamente. A Igreja Católica celebra-o a 23 de abril. Os antigos russos
adotaram São Jorge, matando o dragão, como principal emblema das suas armas. Os
ingleses tomaram-no por patrono. No Brasil a figura do santo está mesclada de
sincretismo, sendo, nas religiões de origem africana o orixá Ogum,
para o qual é
atribuída a transmissão da técnica da
metalurgia do ferro aos homens. Em seu “Elogio da Loucura”, Erasmo de Rotterdam ironiza o culto
supersticioso aos santos, dente os quais está São Jorge, sempre ornado pelas
fábulas e mitos nos países cristãos: “Alguns acreditam que, invocando Santo Erasmo
em certos dias, com certas orações e à luz de certas lamparinas, seja possível
fazer uma grande fortuna em pouco tempo. E que direi do hercúleo São Jorge, que para esses
supersticiosos faz as vezes de um novo Hipólito ? Na verdade, não se pode
deixar de rir diante de sua devoção, que consiste em ornar pomposamente o
cavalo do santo e quase que em prostar-se, diante do animal assim enfeitado,
para adorá-lo. Fazem questão absoluta de conservar o favor e a proteção do
cavaleiro por meio de alguma oferta, sendo inviolável para eles o juramento que
fazem pelo seu penacho.”
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É isso!
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