Segundo Francisco de Saraiva Luiz,
a palavra bancarrota vem do francês banque-route,
adotado para significar: falência de bens, quebra de negociante, que não tem
como pagar as suas dívidas ou letras. Dizia-se antigamente “fazer bancarrota”,
que era o mesmo que dizer “foi à falência”. Segundo o Aulete, bancarrota é a cessação de pagamentos
por parte de um negociante, casa comercial ou do Estado, por falta de recursos;
e, de acordo com o Houaiss: quebra,
falência ou insolvência, acompanhada ou não de culpa ou fraude do devedor.
Exemplos da Literatura: de Raul Pompéia, em “O Ateneu”: “Reduzia-se assim a papel o valor pessoal,
na clearing-house da diretoria; ou, melhor: adaptava-se a teoria de Fox ao
processo das recompensas, com todos os riscos de um câmbio incerto, sujeito aos
pânicos de bancarrota, sem um critério de justiça, a garantir, sob a
ostentação do papel-moeda, a realidade de um numerário de bem aquilatada
virtude”; de José de Alencar, em “Sonhos de O’Ouro”: “Foi um golpe para o corretor que
viu a bancarrota iminente sobre sua
empresa matrimonial, que na véspera ainda parecia-lhe tão próspera!”;
de Aluísio de Azevedo, em “A Condessa de Vésper”: “Abraçou-se ao amante num transporte de heróica
solidariedade na desgraça, e durante muitos dias viveram os dois, quase que
exclusivamente, para ler, por entre um dueto de suspiros e soluços secos, os boletins, as
notícias, e os ardentes comentários da imprensa sobre a tremenda bancarrota”; de Joaquim Nabuco,
em “ Abolicionismo”: “Grande número dos nossos homens públicos,
compreendendo que essa era a chaga maior da nossa escravidão, pretenderam
validar de alguma forma a posse de africanos ilegalmente escravizados, receando
a bancarrota a lavoura pela
verificação dos seus títulos de propriedade legítima.”
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É isso!
Eu, Valdecy Nunes, curiosamente ao fazer uma simples pesquisa sobre o significado da palavra bancarrota, expressa por Aluísio de Azevedo,amei ao mi deparar com esse maravilhoso artigo...
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