Bengala é o bastão de madeira e
curvado em uma das pontas, que se traz na mão como arrimo (apoio), ou para
servir de ornato (a bengala já foi objeto da vaidade masculina) ou ainda como
símbolo de autoridade. Segundo Francisco de Saraiva
Luiz, como muitos desses bastões eram feitos de cana do reino de Bengala, lhe
fomos dando o nome de bengalas,
passando o nome próprio ao sentido de que fazemos uso, da mesma forma como seu
deu com as palavras "damasco" e "cambraia", as quais, de nomes de cidades passaram
a designar tecidos ou fazendas que lá se fabricavam e de onde eram trazidos. Segundo
Houaiss, vem do híndi Bang-alaya: reino do banga ou vanga. Exemplos da Literatura: de
Machado de Assis, em “Quincas Borba”: “Quando apareciam as barbas
e o par de bigodes longos, uma sobrecasaca bem justa, um peito largo, bengala de unicórnio, e um andar firme
e senhor, dizia-se logo que era o Rubião, — um ricaço de Minas”; de Eça de Queiroz, em “O Primo Basílio”: “Às seis horas levantava-se, esvaziava a almofada,
estava um bocado a esticar as calças para cima, e saía, com a sua grossa bengala de cana-da-índia debaixo do
braço, gingando da cinta”; de José de Alencar, em “Os Sonhos d’Ouro”: “O rancho das raparigas e moleques corria ao portão. D. Leonarda, a coxear,
arrastava-se com o arrimo de uma bengala até a porta, onde acabava de
aparecer.”
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É isso!
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