Segundo Renato Mendonça e
Antenor Nascentes, a palavra carimbo
tem origem no quimbundo ka’rimbu: marca. Ao que tudo indica, o termo foi
introduzido no Brasil ainda no século XIX, para significar a “marca pública”,
que se punha na moeda-papel ou na moeda-metálica. Francisco de Saraiva Luiz faz menção do termo de
origem africana quirimbu: marca, da qual se tem origem as formas
verbais cutaquirimbu e cubaca-quirimbu: marcar. O carimbo é o instrumento
de metal ou madeira, com uma base de borracha contendo letras ou figuras em
relevo, que são molhadas com tinta para marcar documentos ou papéis (Aulete). Exemplos
da Literatura: de Eça de Queiroz, em “O Primo Basílio”: “Seria longo explicar-te, como só antes de ontem
em Nice — de onde cheguei esta madrugada a Paris — recebi a tua carta que pelos
carimbos vejo que percorreu toda a
Europa atrás de mim”; de Lima Barreto, em “Diário Íntimo”: “Escrevera-o com parca
sintaxe e bela caligrafia, entre risadinhas e comentários alegres, e mandara-o
com o carimbo oficial, recebendo-o gratuitamente da casa
fornecedora de papel”; de
Júlio Diniz, em “Os Serões da Província”: “Um dia, chegando a casa, recebi uma carta que me viera
pelo paquete; trazia o carimbo de
Saint-Nazaire.”
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É isso!
É certo que a palavra CARIMBO é originária do quimbumdo, umas das línguas dos escravos africanos. Sua aplicação teria sido a marca usada no gado ou talvez até no próprio escravo, já que alguns senhores usavam desse expediente para identificar um escravo fugitivo. Não seria plausível que o termo tivesse tido origem num escritório de um senhor de escravos, já que o negro via de regra não trabalhava nesses locais e nesse tempo o carimbo de escritório dos dias de hoje provavelmente ainda não era usado.
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