A palavra crachá vem do francês crachat, ao pé da letra: cusparada (saliva), e, por extensão de sentido: condecoração.
Originalmente, em português, tinha o sentido de hábito, divisa, insígnia ou venera de qualquer ordem militar, que se trazia pregada ou bordada
sobre a veste. Num documento de 1796 tinha o nome de chapa ou sobreposto bordado,
de uso exclusivo dos gran-cruzes e
comendadores. Atualmente diz-se de um cartão, com dados pessoais, que um
empregado de uma empresa ou o funcionário de uma repartição usa no peito para
identificação. Exemplos da Literatura: de Humberto de Campos, em “A Serpente de Bronze”: “E como se
não bastasse o aspecto magnificente das vestimentas, cintilavam por toda a
parte as medalhas, os crachás, as
condecorações de todos os países do mundo, como se tivesse caído sobre aquela
assembléia de sábios uma luminosa chuva de pedrarias”; de Paulo Setúbal, em “As Maluquices do Imperador”:
“Os cavalheiros, hirtos, espartilhados, as casacas azuis de riço
claro, trazem o peito estrelado de crachás”; de Adolfo Caminha, em
“Tentação”: “O
banqueiro levava ao peito um crachá
faiscante, uma grande comenda que a todos causava admiração”;
de Luis Fernando Veríssimo, em “Crônicas Selecionadas do Estadão”: “No México, as pessoas olhavam o crachá que me identificava como
correspondente da Playboy e imediatamente olhavam para a minha cara, perplexas
com meu óbvio pouco jeito para descobrir os aspectos mais lúbricos da
competição.”
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É isso!
Muito interessante, tanto a explicação como os trechos citados da literatura. Obrigado pelas boas informações!
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