O verbo traduzir vem do verbo latino traducere,
que quer dizer: conduzir ou fazer passar de um lado para o outro,
com o sentido de atravessar. Segundo
Geir Campos, em “O que é tradução”: “traduzir
nada mais é que isto: fazer passar, de uma língua para outra, um texto escrito
na primeira delas”. Quando o texto é oral, falado, diz-se que há
“interpretação”, e quem a realiza então é o “intérprete”. Acrescentando: “o que o tradutor faz é apenas isto: levar o
leitor de uma língua para o lado da língua do autor estrangeiro, ou,
inversamente, trazer o autor de uma língua estrangeira para o lado da língua do
leitor.” Exemplos da Literatura: de Machado de Assis, em “Esaú e Jacó”: “Ah! isso não! O discurso é magnífico, e
não há de morrer em São
Paulo ; é preciso que a Corte o leia, e as províncias também,
e até não se me daria fazê-lo traduzir
em francês”; de Alcântara Machado, em “Mana Maria”: “Dr. Samuel esboçou um sorrisozinho.
Naquele livro que ele tinha ali, por exemplo, um romance francês, havia uma
frase sobre o casamento, que lhe parecia admirável. Ele ia traduzir. Não: traduzir
é trair, como dizem com acerto os italianos”; Aluísio de Azevedo,
em “O Japão”: “Tai
já o leitor o sabe, quer
dizer "Grande" e Shogun, não o ignora tampouco, "Comandante
Geral das forças militares"; podendo-se pois traduzir aquele sobrenome de uma só palavra por toda essa frase: "Generalíssimo destinado a
expulsar do Japão os estrangeiros".
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É isso!
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