23 de dez. de 2012

A Verdadeira origem do "Natal"


A palavra Natal tem origem no latim natalis, que significa: de nascimento. Embora etimologicamente  o termo refira-se, de modo estrito, ao dia de nascimento, em seu sentido mais usual, designa a festa em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo, a qual foi estipulada, no calendário gregoriano, no dia 25 de dezembro, e, pelo calendário juliano, no dia 7 de janeiro. Quanto à origem propriamente da celebração natalina, a Enciclopédia Nova Barsa discorre sobre ela da seguinte maneira:
"Os cristão substituíram a antiga festa romana do solstício de inverno pela do Natal, de arraigada tradição familiar  e associada à festa do Ano-Novo.
Festa cristã celebrada no dia 25 de dezembro, em comemoração ao nascimento de Jesus Cristo, o Natal é comemorado secularmente em todo o mundo cristão. A piedade popular, movida pela ternura dos motivos da infância, enfatizou essa festividade. Uma de suas manifestações mais típicas são as canções ao Menino Jesus, acompanhadas por instrumentos tradicionais.
No ano 245, o teólogo Orígenes repudiava a idéia de se festejar o nascimento de Cristo “como se fosse ele um faraó”. De acordo com um almanaque romano, a festa já era celebrada em Roma no ano 336. Na parte oriental do Império Romano, comemorava-se em 6 de janeiro tanto o nascimento de Cristo quanto seu batismo. No século 4, as igrejas orientais passaram a adotar o dia 25 de dezembro para o Natal, e o dia 6 de janeiro para a Epifania (“manifestação”). No Ocidente, comemora-se nesse dia a visita dos Reis Magos.
A festa do Natal foi instituída oficialmente pelo bispo romano Libério no ano 354. Na verdade, a data de 25 de dezembro não se deve a um estrito aniversário cronológico, mas sim à substituição, com motivos cristãos, das antigas festas pagãs. As alusões dos padres da igreja ao simbolismo de Cristo como sol de justiça (Malaquias 4:2) e luz do mundo (João 8:12) e as primeiras celebrações da festa na colina vaticana — onde os pagãos tributavam homenagem às divindades do Oriente — expressam o sincretismo da festividade, de acordo com as medidas de assimilação religiosa adotadas por Constantino.
A razão provável da adoção do dia 25 de dezembro é que os primeiros cristãos desejaram que a data coincidisse com a festa pagã dos romanos dedicada “ao nascimento do sol inconquistado”, que comemorava o solstício do inverno. No mundo romano, a Saturnália, comemorada em 17 de dezembro, era um período de alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus iraniano Mitra, o Sol da Virtude. No Ano-Novo romano, comemorado em l de janeiro, havia o hábito de enfeitar as casas com folhagens e dar presentes às crianças e aos pobres. Acrescentaram-se a esses costumes os ritos natalinos germânicos e célticos, quando as tribos teutônicas penetraram na Gália, na Grã-Bretanha e na Europa central. A acha de lenha, o bolo de Natal, as folhagens, o pinheiro, os presentes e as saudações comemoram diferentes aspectos dessa festividade. Os fogos e luzes são símbolos de ternura e vida longa.
O costume dos pinheiros natalinos, a árvore de Natal, difundiu-se durante o século 19. Mas desde o século 13, São Francisco de Assis já iniciara o costume, seguido nos países latinos, de representar o nascimento com figuras em torno do presépio de Belém. Outras tradições natalinas são o Papai Noel; as procissões, que representam a adoração dos Reis Magos; e a ceia de Natal. No Brasil, o Natal é a celebração cristã mais profundamente enraizada no sentimento nacional, com rico material poético e folclórico.”

---
É isso!

___
Referência Bibliográfica:
Enciclopédia Nova Barsa, Volume 10. Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações, Rio/São Paulo, 1997.

Nenhum comentário:

Postar um comentário