Comandar, comandante e comando são termos militares tomados do francês commander. Antes de introduzidos na
Língua Portuguesa, dizia-se: mandar
o exército, mandar uma armada, capitanear a gente de guerra, ter cargo de uma batalha, pelejar
debaixo do mando e capitania de alguém etc.; em vez de comandante, utilizava-se cabo; no lugar de comando, fazia-se uso de comandamento,
com a idéia de preceito, ordem, mandado etc. Segundo nossos dicionários, comandar significa: exercer
comando em, dirigir como superior em qualquer arma, comandar dirigir como comandante, administrar,
governar, manobrar, (uma máquina etc.). Exemplos da Literatura: de Euclides da
Cunha, em “Os Sertões”: “Porque provindos dos mais diversos pontos e
origens, ou fossem os paulistas de Domingos Sertão, ou os baianos de Garcia
d’Ávila, ou os pernambucanos de Francisco Caldas, com os seus pequenos
exércitos de tabajaras aliados, ou mesmo os portugueses de Manuel Nunes Viana,
que dali partiu da sua fazenda do Escuro, em Carinhanha, para comandar os emboabas no
Rio das Mortes, os forasteiros, ao atingirem o âmago daquele sertão, raro
voltavam”;
de Mathias Aires, em “Reflexões sobre a Vaidade dos Homens”: “É certo, que cada potentado não é mais do que um só
homem ; na campanha sim pode comandar
muitos mil: uma voz, um sinal, um clarim basta para fazer mover um corpo
formidável”;
de José Saramago, em “Ensaios sobre a
Cegueira”: “Foram os dois homens,
vieram os pratos e os talheres, mas os alimentos continuavam a ser para cinco,
o mais provável é que o sargento que comandava
o piquete da guarda não soubesse que havia ali mais seis cegos.”
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É isso!
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