Albino é o portador do albinismo, que é uma anomalia orgânica congênita que se caracteriza
pela ausência total ou parcial do pigmento chamado melanina (na íris, pele e cabelo). Bluteau dizia que a
palavra foi uma corruptela de “alvinhos”; todavia, segundo Francisco de
Saraiva Luiz, o termo vem do hebraico helbin, que significa: fazer-se esbranquiçado,
empalidecer, amarelecer,
derivado de lavan: branco, alvo. Segundo Rifka Berezin,
o termo usado em referência ao albino, é lavcan,
da mesma raiz que dá origem à palavra branco. No século XIX chamava-se ao albino de “negro-branco”; na Bahia
dizia-se ruzagá. O albino, assim
como o negro e o índio, era igualmente vítima do vil preconceito, como se pode
observar neste exemplo de Euclides da Cunha, em “Contrastes” (Euclides foi um
darwinista social, que acreditava na supremacia branca). Discorrendo sobre os
índios, a quem denomina de “selvagens”, escreveu: “O
seu quadro nosológico assombra, pela vasta série de doenças, que vão das
maleitas permanentes à hipoemia intertropical entorpecedora e àquela
originalíssima "purupuru" que não mata mas desfigura, embaciando a
pele do selvagem e dando-lhe um facies de cadáver, pondo no rosto do negro,
salpintado de manchas brancas, uma espantada máscara demoníaca, e imprimindo no
do branco a brancura repulsiva do
albinismo”. Albino é
também um nome próprio, do latim Albinus
e do germânico Albin, Albewin: amigos dos elfos. Exemplo da Literatura: de Aluísio de Azevedo, em
“O Cortiço”: “Fechava a fila das primeiras lavadeiras, o Albino, um sujeito afeminado, fraco,
cor de espargo cozido e com um cabelinho castanho, deslavado e pobre, que lhe caia, numa só linha, até ao pescocinho mole e fino”.
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É isso!
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