A
palavra comitê vem do inglês committee, pelo francês comité, que designava "a junta de
deputados incumbida de examinar qualquer negócio". Os puristas da língua portuguesa optavam, à época, pelos termos Junta e Comissão, vendo em comitê um galicismo desnecessário. Mas
como a língua não se importa com as convenções humanas, o termo penetrou de vez
em nosso vernáculo, denotando um grupo de pessoas incumbidas de tratar
determinado assunto, uma junta de pessoas com missões especiais, inclusive
membros de Câmara, Senado etc. Exemplos da Literatura: de Joaquim Nabuco, em “Minha
Formação”: “Tenho no meu Diário desse ano a data em que, depois de uma jantar, com
egoísmo inflexível de autor, infligi a leitura desses cinco atos a um pequeno comité de amigos de que fazia parte o
barão Blanc, então ministro da Itália em Washington”; de Chico Buarque, em “Leite Derramado”: “Se vier o
comunismo, Eulálio d‘Assumpção Palumba chegará provavelmente a algum bureau
político, a um conselho de ministros, se não ao comitê central do partido”;
de José Saramago, em “Ensaio sobre a Lucidez”: “Durante uma semana, em absoluto segredo,
o comitê organizador das futuras
caravanas de automóveis, formado em número igual por categorizados militantes de
ambos os partidos e com a assistência de consultores delegados dos diversos institutos
morais e religiosos da capital, debateu e finalmente aprovou um audacioso
plano de ação que, em memória da famosa retirada dos dez mil, recebeu, por
proposta de um erudito helenista do partido do meio, o nome de xenofonte.”
---
É isso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário