A
palavra andor vem do malaiala andola. Segundo Francisco de Saraiva
Luiz, é o vocábulo persiano andol ou andul. Trata-se uma espécie de leito
portátil, sustentado por peças de madeira, que é conduzido aos ombros dos
homens; hoje, diz-se da padiola enfeitada em que se carregam relíquias sagradas em procissões.
Na antiga Roma havia o ferculum
ou feretrum, objeto semelhante, no
qual se condiziam, nas pompas solenes, as insígnias de suas conquistas e as imagens das divindades. Exemplos da Literatura: de José do Patrocínio, em
“Os Retirantes”: “Tinha acabado a missa
conventual e só à tarde sairia a procissão de prece: a imagem da Senhora da
Piedade no seu andor armado de
damasco e festões de flores, carregado por virgens; o Cristo de lividez poética
na sua cruz negra e desornada”; de Manuel Antônio de Almeida,
em “Memórias de um Sargento de Milícias”:
“Queremos
falar de um grande rancho chamado das Baianas, que caminhava adiante da
procissão, atraindo mais ou tanto como os santos, os andores, os emblemas sagrados, os olhares dos devotos.”
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É isso!
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