A palavra prosopopéia vem do grego, composta de prosopon (pessoa) e poeio (finjo). Dizia-se de uma
figura de retórica, com a qual o orador fingia e representava várias
pessoas, inclusive homens e mulheres
ausentes, defuntos e até objetos inanimados, sem vida. Linguisticamente, hoje,
é a figura de linguagem que consiste em atribuir características humanas ou
conceder vida a seres inanimados ou irracionais. Exemplos
da Literatura: de José de Alencar, em “O
Guarani”: “A senhora
desceu do céu, porque a lua sua mãe deixou”; Guimarães Rosa, em “Sagarana”
(“Conversa de bois”): “Os bois
soltos não pensam como o homem. Só nós, bois-de-carro, sabemos pensar como o
homem!...”; de Machado de Assis, em “A Semana”: “De repente ouvi vozes estranhas,
pareceu-me que eram os burros que conversavam, inclinei-me (ia no banco da
frente); eram eles mesmos.”
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É isso!
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