A palavra sinete vem do francês snignet: selo, e designa o selo (chancela, carimbo) que se aplica embaixo de um
documento importante. É semelhante a uma assinatura que atesta que o documento
é legítimo, ou seja, que não é falso. A Bíblia faz menção desse utensílio: “E Faraó tirou da mão o seu anel-sinete e
pô-lo na mão de José, vestiu-o de traje de linho fino, e lhe pôs ao pescoço um
colar de ouro” (Gn: 42:42). / “Então escreveu cartas em nome de Acabe e, selando-as
com o sinete dele, mandou-as aos anciãos e aos nobres que habitavam com
Nabote na sua cidade” (1 Rs. 21:8). Exemplos da Literatura: de Machado de Assis, em
“Papéis Avulsos”: “Era o
rei mais feliz da terra; tão feliz, que começou a recear alguma viravolta da
Fortuna, e, para aplacá-la antecipadamente, determinou fazer um grande
sacrifício: deitar ao mar o anel precioso que, segundo alguns, lhe servia de sinete”; em
“Quincas Borba”: “Chegou a compor de
cabeça um sinete para seu uso, com
este lema: AO VENCEDOR, AS BATATAS”; de José de Alencar, em “Senhora”: “A todos os pormenores dessa comezinha
operação, no dobrar a folha de papel, encerrá-la na capa, derreter o lacre e
imprimir o sinete, a moça
deliberadamente aplicava a maior atenção e esmero”; de Eça
de Queiroz, em “O Primo Basílio”: “Ordinariamente
mandava um recado; — e a curiosidade de Juliana acendeu-se logo diante daquele
sobrescrito fechado e lacrado com o sinete
de Luísa, um L gótico dentro de uma coroa de rosas”;
em “A Relíquia”: “cruz
é broche, a cruz é berloque; pende nos colares, tilinta nas
pulseiras; é gravada em sinetes de
lacre, é incrustada em botões de punho.”
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É isso!
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