A palavra ateu tem origem no grego átheos,
pelo latim atheus, formada do prefixo
a (idéia de privação e negação) e theos (deus), o mesmo prefixo usado nas palavras: anarquia (negação do
princípio da autoridade), anônimo (sem nome), acéfalo ('sem cabeça), anestesia
(ausência da sensibilidade), afônico (sem voz), anemia (falta de sangue) etc. Ao
pé da letra, portanto, é ateu a
pessoa que nega a existência de Deus (ou deuses). Exemplos da Literatura: de
Lima Barreto, em “Os Bruzundangas”: “Aliás,
na Bruzundanga, não há sujeito ateu
ou materialista em regra que, ao se casar com mulher rica, não se faça
instantaneamente católico apostólico romano”; de Joaquim
de Macedo, em “Luxo e Vaidade”: “A
idéia do impossível é quase um sacrilégio: a esperança somente apaga na alma do
ateu”;
de José de Alencar, em “O gaúcho”: “Quem pode
afirmar que o animal seja ateu? Os
mugidos merencórios do gado ao pôr do sol, os descantes das aves na alvorada,
os uivos lastimosos do cão durante as noites de luar, o balido das ovelhas alta
noite, sabe alguém acaso se esta é ou não a prece do filho da natureza?”; de Eça de
Queiroz”, em “Prosas bárbaras”: “O D.
Juan de Molière é ateu, incrédulo,
aceita os nervos como religião e a devoção como uma Ironia”; de
José Saramago, em “Terra de Pecado”: “Que
importava a Deus que o escolhido para me curar fosse um ateu ou um crente? Deus entendeu que eu devia ser salva e
salvou-me.”
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É isso!
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