Cadastro vem do francês cadastre, que significa: registro
público, lista ou encabeçamento, em que se contém o gênero e o valor das terras
de cada comarca, bem como o nome de quem as possui. Em seu sentido original,
equivalia aos termos: censo (do
latim census), recenseamento ou à expressão alistamento
geral, como sugeriam, à época, os puristas da Língua Portuguesa. Hoje, entre
outros sentidos, significa: o documento em que estabelecimentos comerciais
registram dados financeiros de clientes; o registro público dos bens imóveis de
um território; o registro de informações patrimoniais, financeiras, comerciais
etc. sobre empresas, organizações ou instituições diversas. Exemplos da
Literatura: de Camilo Castelo Branco, em "Coração, cabeça e estômago, de
Camilo Castelo Branco": “Não
respondi a este artigo. Falei-lhe do meu coração, assunto sublime de mais para
ser conspurcado no cadastro dos
lucros provenientes do dote quadrúpede de D. Catarina”;
de José Saramago, em “Intermitências da Morte”: “E não nos admiremos se, no preciso instante em que estivéssemos a
ler o nosso cadastro particular, nos
aparecesse instantaneamente registado o choque da angústia que de súbito nos
petrificou”; em “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”: “No mês de Shevat floriram as amendoeiras, e
entrara-se já no mês de Adar, depois das festas do Purim, quando apareceram em
Nazaré uns soldados romanos, dos que então andavam por Galileia, de povoado em
cidade, de cidade em povoado, e outros pelas mais partes do reino de Herodes,
fazendo saber às populações que, por ordem de César Augusto, todas as famílias
que tivessem o seu domicílio nas províncias governadas pelo cônsul Públio
Sulpício Quirino estavam obrigadas a recensear-se e que o recenseamento,
destinado, como outros, a pôr em dia o cadastro
dos contribuintes de Roma.”
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É isso!
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