A palavra dado, segundo Francisco de Saraiva Luiz,
vem do francês donné, e
designava – originalmente – "as quantidades ou termos de que se serviam para
encontrar as incógnitas, e resolver qualquer problema" da esfera da aritmética. Por extensão de
sentido, o termo passou a designar os fundamentos, razões, circunstâncias,
sobre as quais podemos fundamentar o nosso juízo a respeito de uma dada questão
ou fato, como nestes exemplos: “Não tenho dados para decidir quem está
correto”. / “Não tenho dados pelos quais possa fundamentar minha decisão”. /
“Não posso tomar esta decisão, pois me faltam dados suficientes” etc. Exemplos
da Literatura: de Euclides da Cunha, em “Os Sertões”: “E como desde muito a intuição
genial de Herschel lhes descobrira o influxo apreciável na dosagem
de calor emitido para a Terra, a correlação surgia inabalável, neste estear-se
em dados geométricos e físicos
acolchetando-se num efeito único”; de Lima
Barreto, em “Marginalia”: “Não afirmo que seja peculiar à época atual, pois há
quem diga que ele é tão geral entre judeus, pelo simples motivo de que o Velho
Testamento está recheado de exemplos de alguma coisa análoga e são conhecidos
de nós todos; mas, seja como for, com dados
atuais, a análise é sagaz no livro de Teotônio.” Dardo é
também o termo utilizado para designar a
peça cúbica marcada em cada uma das faces com pontos de 1 a 6, que se utilizam em
alguns jogos.
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É isso!
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