HOMÔNIMO:
A
palavra homônimo vem do grego homonumos: que tem o mesmo nome. Gramaticalmente, diz-se da palavra que se escreve
ou se pronuncia de maneira idêntica, mas cujo significado é diferente.
Exemplos: o cisma (separação,
dissidência) e a cisma (preocupação,
suspeita), o grama (unidade de
massa) e a grama (relva, planta
rasteira), o lente (professor) e a lente (instrumento óptico), são (sadio) e são (verbo ser), cabo
(posto militar) e cabo (acidente
geográfico: “cabo da Boa Esperança”), real
(verdadeiro) e real (de rei). Há os
homônimos (chamados homófonos) que,
não obstante terem os mesmos fonemas são escritos de maneira distinta, tais
como: espiar e expiar, coser e cozer, bucho e buxo, insipiente e incipiente, maça e massa, taxar e tachar etc. Exemplos da Literatura:
“Clara não tinha sequer tempo
de remendar a roupa ao marido, tanta era a necessidade de coser para fora” (Machado de Assis, em “Relíquias de
Casa Velha”). / “Quando,
porém, entre a pátria, que é o sentimento, e o mundo, que é o pensamento, vi
que a imaginação podia quebrar a estreita forma em que estavam a cozer ao sol tropical os meus pequenos
debuxos d’almas” (Joaquim Nabuco, em “Minha Formação”).
PARÔNIMO:
A palavra parônimo vem do grego paronumos: que tem nome parecido. Na Gramática, diz-se das palavras que são semelhantes quanto à forma, mas que mantém significados diferentes. Exemplos: emergir (vir à tona) e imergir (mergulhar), flagrante (evidente, manifesto ) e fragrante (que exala cheiro agradável),
pleito (litígio, demanda) e preito (testemunho de veneração), vultoso (volumoso) e vultuoso (acometido de vultuosidade), recriar (criar de novo) e recrear (proporcionar
recreio), deferir (dar deferimento) e diferir (transferir para outra data), descrição (ato ou efeito de descrever) e discrição (qualidade de discreto), emigrar (sair de um país para ir viver em outro) e imigrar (entrar num país estrangeiro, para nele
viver), matilha (conjunto de cães de caça) e mantilha (espécie de vestuário) etc. Exemplos da Literatura: “Ficou séria,
submissa e envergonhada, como a criança traquinas, que surpreende em flagrante o ralho paterno.” / “A menina as
vezes debruçava-se para comunicar-me alguma observação mais cáustica; e eu
tinha ocasião de sentir um hálito fragrante,
e entrever na sombra a marmórea saliência de um seio virgem” (José de
Alencar, em “Lucíola”).
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É isso!
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